sábado, maio 06, 2006

UM BRINDE À VOLTA

E um brinde às mudanças. Nem boas nem ruins, vivenciais.

Sinceridade?
Já que isso deve ter um tom de apresentação, sinto-me na obrigação de confessar que não sou muito requintada, não tenho paciência para chiquetése. Minha escrita e meu gosto por literatura não têm muito de sofisticado, basta que o momento tenha gosto suficientemente surpreendente pra me sentir viva e saber que algum sangue quente me corre pelas veias.
Acabo de sair da minha cozinha pensando que preciso de um novo amor.
Sim, Anne está tendo crise de meia idade, mas não se engane! Não é amor necessariamente destinado a alguém que me acorde com suco de laranja e torradas, mas a algo. Preciso relembrar todas as coisas que um dia vi com a clareza do olhar de quem ama, ama muito. O amor tira o véu que cobre o mundo e as pessoas de preto e branco. Coisa esdrúxula, não? Talvez esse véu seja até medo meu, pois então que eu ame o suficiente pra ter medo de perder tanto amor por medo.
Ter medo é tão...vivo. Viver enche de medo.
Acredite, estar vivo é tudo que alguém que envelhece procura sentir. Ter medo é ter algo para enfrentar, algo para lutar. Minha vaidade pede.
Interessante eu voltar a escrever. Um amor o qual eu havia trancado em alguma gaveta escondida nos meus armários velhos de ébano apenas para me libertar de coisas que me eram muito intensas.
“Mas, Anne, guardar idéias que podem ser interessantes pra poupar seu drummer semi-usado é de um certo egoísmo. Chega a ser deselegante!”.
Pois bem, por isso tudo e pela insistência de Simon que ms Gabrich sai da toca e se apresenta - agora, de modo apropriado.
O prazer será todo meu!

Enviado por Anne