sexta-feira, maio 26, 2006

É para rir? Desculpa, pois não consigo nem chorar

Sei que sou a presidente do clube oficial das peruonas de meia idade, não vou negar. Mas, gentem, tem certas práticas que minhas colegas fazem que são totalmente “incaráveis”. É melhor até ter cuidado, pois se você encarar uma dessas peruas de perto é capaz de ter pesadelo à noite. Explico: repare o semblante das principais atrizes dessas novelas da noite. A maioria delas não está parecendo irmã uma da outra por parte de nariz, de pescoço, de “beiça” e de olhar (diabólico, claro...)? Parece que todas saíram da mesma fôrma (ou daqueles moldes de bonecas vagabundas da Grow..). Pelamores!! É botox para tudo quanto é lado e canto. Onde tem um risco ou uma prega, lá está o botox (e em todas as pregas, diga-se). As meninas – sim, meninas, pois isso não é mais coisa de velhota – não conseguem esboçar um espirro sequer. Os olhos, então, tornaram-se andróginos, sem brilho, sem emoção, esticados. A coitada da Lucélia Santos (que está com um corpo impecável e invejável, devo admitir...) não consegue nem mais fazer jus a todo seu talento de atriz por causa do maldito botox que tomou seu rosto inteiro. A toxina está prejudicando até a sua dicção. Fora que toda aquela expressão forte, e ao mesmo tempo doce, que víamos em sua interpretação nos tempos da Escrava Isaura foi por botox abaixo. É uma pena... E por essa trilha seguem Danielas Cicarellis, Flávias Alessandras, Elisângelas, Glórias Menezes e companhia... Tomara que pelos próximos trinta anos, a loira Adriane Galisteu mantenha o que declarou para a revista Contigo! desta semana, ao comentar como se imaginaria no futuro: “cheia de rugas. Eu sou totalmente contra plástica. Acho esquisitíssimo uma mulher de 60 anos fazendo de tudo para ficar com cara de 30... Acho lindo uma pessoa de 60 anos ter consciência de sua idade e saber ser bonita aos 60. A mulher precisa entender isso”. Da-lhe Galalau, pela primeira vez na vida coloquei fé em você. Para as meninotas aspirantes a atrizes, só digo o seguinte: sigam o exemplo da primeira-dama da televisão brasileira Fernanda Montenegro, que com seus setenta e tralalá vai do riso ao choro e da raiva à ternura, com leveza e naturalidade graças a elas, as benditas rugas!


Enviado por Danuzah Coelho