Reza o rezo que rezemos em silêncio. Mas o glamour da ineditez de acontecimentos idílicos são rezados em barulho...
O trio de ferro, a tríade paulistana, o triângulo do café, a trinca do caos, pela primeira vez no contar dos tempos, participou em similitude de ano, da maior competição de futebol do continente americano: a singular e custosa Taça Libertadores da América.
São Paulo e Palmeiras, embora igualmente adamastores, fizeram de seu pontapé inicial uma disparidade ideológica, delirante, utópica. O tricolor do Morumbi, atual libertador e único tri-campeão de libertações do território brasílico, segue em frente seu caminho de inquietação internacional, tecendo virtudes poliglotas num avançamento inconteste. Tirou da trilha, no choque-rei, numa vanguarda de confrontos faltosos e empilhamento cardíaco, os italianos da Barra Funda, o palestra verde, que ostenta em seu jardim suspenso a coroa de uma libertação, dos idos de 1999. E por isso, e por outras fraquezas técnicas e administrativas, a eliminação precoce do alviverde imponente sucedeu em clima de branda consternação...
Contudo, a arapuca. No 4 de maio, na quinta-feira, no Pacaembu, o Corinthians, a fiel, o River Plate, a lotação, o excesso, a alegria, o gol, a virada, o mutismo, a descrença, o revoltismo, a briga... Tudo ocorreu no lapso! O timão de Itaquera, da Marginal Tietê, da torcida que mais vibra nas horas grotas, é um escudeto marcado pelo fracasso mundano, um símbolo de passaportes desiludidos, um arquetípico das viagens malfadadas... No time abençoado por Santo Jorge, o dragão que bufa, bufa por libertinagem! E do lado de fora e de dentro da fazenda pequena, desde muito antes do início do starte da chapa, bufava bufando bravatas de jogos e certames da vida e da morte... O erro! O ingrato do erro! Pois a morte é invencível e a vida é à toa!... A organizada corintiana, em fidelidade explosiva, maciça como um oceano negro, apontou seus artifícios para os lábios do céu e suas sardas estelares, e ficou a aguardar a graça do alcance. Porém, na frieza dos minutos recalcitrantes, o tento contra, a falha humana, o rebote na rede: do noctâmbulo dos sons vibratórios, a alforria do destino: pavio aceso contra o peito enquanto o salgar da lágrima não abrandava o fogo. A choldra em choque, e o choque da choldra! Num deslizar de gente, e no apagar dos sonhos, a decepção virou ilusão que virou perda de razão! No escuro da fé rezada em voa alta, a ratoeira, a armadilha, o alçapão, o embuste, a cilada, a emboscada, o estratagema, o ardil!
Quando o barbante que se guarda faz ruído, é o fim da esperança, e o ponto final de uma expectativa. Os órgãos se remoem, e o consolo é inexistente. A desolação é perene, e a garganta entala com o opaco do turvo da vista. O que se caminha, é o beco. E o que se chora é um fado comum... É isto A vida?: o épico não existe em quebra de cadeados, arrombamentos de portão, distúrbios físicos duma batalha sem motivos. O tal do homem criou artífices de brilho e genialidade, mas não sabe abrir riso na tristeza, consentir a derrota diante da possibilidade concreta, e aceitar a superioridade ou sucesso do adversário. Faz tempo que o rincão não anda! A civilidade nossa, é zero; a educação nossa, é zero; a saúde nossa, é zero; o saneamento nosso, é zero; a segurança nossa, é zero; o lazer nosso, é zero; o nosso, é zero.
Enviado por Rufus Melancólico
O trio de ferro, a tríade paulistana, o triângulo do café, a trinca do caos, pela primeira vez no contar dos tempos, participou em similitude de ano, da maior competição de futebol do continente americano: a singular e custosa Taça Libertadores da América.
São Paulo e Palmeiras, embora igualmente adamastores, fizeram de seu pontapé inicial uma disparidade ideológica, delirante, utópica. O tricolor do Morumbi, atual libertador e único tri-campeão de libertações do território brasílico, segue em frente seu caminho de inquietação internacional, tecendo virtudes poliglotas num avançamento inconteste. Tirou da trilha, no choque-rei, numa vanguarda de confrontos faltosos e empilhamento cardíaco, os italianos da Barra Funda, o palestra verde, que ostenta em seu jardim suspenso a coroa de uma libertação, dos idos de 1999. E por isso, e por outras fraquezas técnicas e administrativas, a eliminação precoce do alviverde imponente sucedeu em clima de branda consternação...
Contudo, a arapuca. No 4 de maio, na quinta-feira, no Pacaembu, o Corinthians, a fiel, o River Plate, a lotação, o excesso, a alegria, o gol, a virada, o mutismo, a descrença, o revoltismo, a briga... Tudo ocorreu no lapso! O timão de Itaquera, da Marginal Tietê, da torcida que mais vibra nas horas grotas, é um escudeto marcado pelo fracasso mundano, um símbolo de passaportes desiludidos, um arquetípico das viagens malfadadas... No time abençoado por Santo Jorge, o dragão que bufa, bufa por libertinagem! E do lado de fora e de dentro da fazenda pequena, desde muito antes do início do starte da chapa, bufava bufando bravatas de jogos e certames da vida e da morte... O erro! O ingrato do erro! Pois a morte é invencível e a vida é à toa!... A organizada corintiana, em fidelidade explosiva, maciça como um oceano negro, apontou seus artifícios para os lábios do céu e suas sardas estelares, e ficou a aguardar a graça do alcance. Porém, na frieza dos minutos recalcitrantes, o tento contra, a falha humana, o rebote na rede: do noctâmbulo dos sons vibratórios, a alforria do destino: pavio aceso contra o peito enquanto o salgar da lágrima não abrandava o fogo. A choldra em choque, e o choque da choldra! Num deslizar de gente, e no apagar dos sonhos, a decepção virou ilusão que virou perda de razão! No escuro da fé rezada em voa alta, a ratoeira, a armadilha, o alçapão, o embuste, a cilada, a emboscada, o estratagema, o ardil!
Quando o barbante que se guarda faz ruído, é o fim da esperança, e o ponto final de uma expectativa. Os órgãos se remoem, e o consolo é inexistente. A desolação é perene, e a garganta entala com o opaco do turvo da vista. O que se caminha, é o beco. E o que se chora é um fado comum... É isto A vida?: o épico não existe em quebra de cadeados, arrombamentos de portão, distúrbios físicos duma batalha sem motivos. O tal do homem criou artífices de brilho e genialidade, mas não sabe abrir riso na tristeza, consentir a derrota diante da possibilidade concreta, e aceitar a superioridade ou sucesso do adversário. Faz tempo que o rincão não anda! A civilidade nossa, é zero; a educação nossa, é zero; a saúde nossa, é zero; o saneamento nosso, é zero; a segurança nossa, é zero; o lazer nosso, é zero; o nosso, é zero.
Enviado por Rufus Melancólico