Sylvain Chomet, diretor da festejada co-produção franco-belga "As Bicicletas de Belleville", no Brasil com quase um ano depois a sua primeira apresentação, depois de algumas poucas sessões lotadas no Anima Mundi de 2003.
O filme encanta pela delicadeza da animação mais artesanal, que em tempos de tecnologia é cada vez mais raro. De inicio me pareceu confuso e entedioso, como peças de quebra-cabeça jogadas aleatoriamente sem uma finalização, uma virada repentina e surpreendente, predendo a atenção na telona até seu final.
Conta a epopéia bizarra de madame Souza em busca de seu neto ciclista, seqüestrado por mafiosos americanos. Chomet demonstra a ironia francesa em com uma critica escachada ao comportamento sedentário e consumista dos americanos.
O filme traz uma grande lição, se notarmos o menino órfão passa toda a sua vida de uma forma alienada, onde a dedicação a bicicleta se torna uma obsessão.
Durante todo o filme, uma frase me chamou a atenção, : in vino veritas, trocando em miúdos : no vinho, a verdade. Mesmo com toda a alienação e obsessão pela bicicleta as frases soavam como um alerta. Fiquei pensativa. Na nossa vida aparecem pistas assim e muitas vezes não vemos, porque nos alienamos.
Mas é preciso acordar.
Gostei muito da música, alegre e contagiante. Praticamente sem diálogos, em seus 80 minutos de duração, o longa-metragem abre com um videoclipe de "Belleville Rendez-Vous", composta por Benoit Charest, que rendeu a segunda indicação do desenho ao Oscar neste ano e uma vitória na categoria melhor música no prêmio Cesar de 2003.
Vale a pena assistir
Enviado por Cat Lecat
(sugestão do Sr. Simon Diz: acessem o site oficial do filme: http://www.lestriplettesdebelleville.com/