domingo, abril 30, 2006

Sobre o x da questão

Estou convencida! A comunicação não é possível. Cada qual possui seu próprio universo de significações, o qual, no limite, é inacessível, talvez até mesmo para seu próprio operador. O signo pode ser o mesmo, idêntico, mas o significado, ainda que aproximado, será outro. Quando um indivíduo enuncia que deseja comportalhir um x com outra, algo que para o que enuncia remete à alegria e prazer, poderá ter de conviver com uma reação negativa. Esse mesmo x prazeiroso para o enunciante pode remeter o receptor a uma experiência desconfotável, desagrável e mesmo hostil. Qual a solução? Enunciar cada palavra com um manual explicativo? Bom, isso talvez resolvesse, mas daria um certo trabalho e nem todos estão dispostos a tais esforços. Mas, e quando o enunciante não é capaz de elaborar seu próprio manual explicativo, porque ele próprio não dá conta de acessar seu universo de significações? Neste caso, resta a violência, a agressividade, o ressentimento e a vingança. Não, não é loucura. Minhas considerações, como de costume, são extremamente banais. Há tradições de pensamento – mal compreendidas por mim, ainda – que concordariam com minhas palavras e suas significações. Aliás, caso vocês ainda não tenham se dado conta da origem das minhas considerações é porque ao invés de estarem lendo a PORRA DUM LIVRO, continuam nutrindo suas vida interiores com conteúdos menores. De qualquer modo, é com tristeza que constato a impossibilidade perene da comunicação. Assim, meus caros, não queiram compreender seus parceiros, nem exijam compreensão, afinal ninguém é capaz de elaborar tantos manuais explicativos. Como diria um certo poeta, que não é o Vinícius, deixem que os corpos se entendam.

Por Miranda Belvedere

sábado, abril 29, 2006

Antes tarde do que nunca

Santo Buda

Antigamente costumava ser uma boa católica. Vai com Deus. Fica com Ele. Se Deus quiser... Frases que não saiam da minha cabeça. Quando tudo estava certo, era Deus. Quando dava errado, Deus havia permitido. Mas, definitivamente, a culpa era minha.

Oras bolas, por quê pensar assim? Não faz sentido! Era só o que me faltava. Em um momento de lucidez percebi o quão injusta estava sendo comigo. Que culpem o mal da humanidade nimim, é uma coisa. Agora eu me culpar também, já é demais.

Foi assim, num outubro, que mudei meu modo de ver, desviei o ponto de vista. Com uma brisa percebi que eu era tudo de bom. Inteligente, perspicaz... E nada humilde. Humirdade nessas horas pra quê?

Então, de salto alto, olhei para o povo que arrastava a pema. Gente que não se conformava, tentando colocar “sandálias da humildade” em quem tanto se esforçou para subir no salto do respeito... Às favas. Não saio do meu salto jamé!

Em cima do salto, e não do muro, decidi que vou ser definitivamente feliz e que 2006 é o ano. Vou anular meu voto, entrar na política, mexer meus pauzinhos. Sisegura. 2006 é um ano que não vou esquecer.

Enviado por Jussara Justa

(enquanto dona Anne não vem)

sexta-feira, abril 28, 2006

Os troféus de sexta-feira à noite...

Oi, gentem. Aqui sou euzinha mais uma vez com vocês. Cafeínas tá um arraso! Na coluna de hoje, não quero ficar de papinho que não leva à nada. Vou instituir a partir de agora o troféu sandália de prata e chinelinho de dedo, que de vez em quando aparecerá na coluna.

Na verdade, o que acontece é que hoje não estava muito a fim de conversar. Pronto, falei. Estou com dor de cabeça, estressada, cansada, chateada... Só quero dar os prêmios e pronto. Na semana que vem, se estiver de bom humor, virei com algum assunto mais complexo. Ah! Postem comments caso concordem ou não. Vamos esquentar esses fóruns do Café... Beijinhos


Sandália de prata

Vai para o programa Planeta Cidade, do chiquérrimo César Giobbi, que é transmitido pela TV Cultura às sexta-feiras, com reprise aos domingos. Nunca vi alguém esmiuçar a cidade de São Paulo com tanta classe, categoria, elegância e, acima de tudo, inteligência. O programa, com cara de revista, consegue tratar dos assuntos economia, saúde, esoterismo, cultura e até culinária sem parecer um baião de doido. Muito pelo contrário. É muito simpático e ótimo para quem está a fim de se entreter e ao mesmo tempo se informar, ver algo diferente na televisão. Também não posso esquecer das entrevistas que acontecem sempre nos minutos finais. César faz um jogo rápido como ninguém. Coloca desde políticos a estilistas de moda na parede, com muita classe sempre, é claro.

Chinelinho de dedo

Para o chatéeeeeeeeeeeeeeeerrimo Luis Fernando Guimarães (o nosso grande ator de um papel só). Gente o que é aquele “Minha nada mole vida”??(pelamores!!). Já deu, já deu. A impressão que tive ao assistir foi a de não saber se estava revendo “Os Normais” ou aquele quadro do fantástico que traz um homem impaciente (nos moldes tolerância zero). Enfim, nem interessa o nome, pois parece tudo a mesma coisa.

Só sei que esse “novo” programa é repleto de piadas sem graça (óbvio,né? Não dá para esperar mais nada das sextas-feiras à noite da Rede Globo), inútil, com uma fórmula gasta. Além disso, aproveito para alertar à Rede Globo para que “fique esperta” com o juizado de menores que adora enquadra-la (rs....). Em quase todas as cenas em que o ator mirim Davi Lucas (personagem Hélio, filho de Jorge Horácio, Luis Fernando Guimarães) aparece não há o menor cuidado com o texto. Sempre há referências sobre sexo, que são sempre bem vindas quando bem colocadas, mas não quando são mencionadas envolvendo um garoto de dez anos. (take care, Vênus Platinada.....)

Enviado por Danuzah Coelho

quinta-feira, abril 27, 2006

O outro lado da rua

Os tormentos da metrópole - Filme

Viver em grandes centros nos deixa um pouco, neuróticos. O filme fala da violência urbana que dia a dia por sua redundância vamos perdendo a noção de sua gravidade, assim a violência acaba virando mais uma rotina corriqueira. Com alguns inconformados, claro.. esse é o caso da protagonista do filme.

Observei também a suavidade abordada, sobre o tema: amor maduro. – Ao sair da sala uma amiga entre nós soltou um: esse filme é prá velho né? Só ai, olhei em volta.. parecíamos estar em meio a uma reunião de terceira idade. Se a intenção do diretor Marcos Bernstein, era arrastar os vovôs e as tias de casa.. ele conseguiu. –

Uma frase me marcou e resume muitas coisas:

“ você vai pagar um preço muito alto
- a gente só sabe o preço quando começa a pagar”

viver? É isso..


Como alguém pode ser tão sozinha? Que desabafa ligando para casa e falando com a secretaria eletrônica?

Vale a pena..
Pois a atuação da
Fernanda está especial..
O Raul ahhh sem comentários né?
Ele é ótimo...

quarta-feira, abril 26, 2006

A PELOTA in O Intento Dos Dezesseis

Os libertadores são frios.

Calculistas, utilizam suas indumentárias cirúrgicas com exatidão gélida quando o cerco começa a se fechar. Executores, destroem as ilusões e os sonhos de pequenos audaciosos. Destemidos, correm com machados manchados de sangue enquanto a bola gira por territórios américos.

Os libertadores são os incautos do medo.

No meio do feriado prolongado, enquanto eu abastecia a dispensa com víveres futebolísticos para acompanhar o que é que iria acontecer de zumbido nos campos do mundo, veio-me pela fresta da janela um condensado de fumo, de odor pestioso, de coca em fumaça. Era um telegrama fantasioso dos imortais desencarnados. As ordens para o comparecimento a uma reunião de extraordinárias! E eu fui. Com a mochila nos ombros, à espreita temerosa de desobedecer as leis do além...

Na Bolívia, em La Paz, a cidade em forma de panela, com rarefações pulmonares, numa saleta discreta do centro, Mario Vargas Llosa, Rômulo Gallegos, e Pablo Neruda, se falavam com as mãos em bilhetes assassinos, e fumavam através de cachimbos, cigarros, charutos e narguilés, todo o possível de ser queimado em brasa. Ali, com o ego em vulcanização, eles se portavam como os eliminados que de fato eram.

Dos onze países que disputam a libertação da América deste ano, Peru, Venezuela e Chile, juntamente com os cocaleiros da Bolívia, foram banidos da glória única, antes mesmo dos matadouros de ida-e-volta. Sem representantes na fase árdua do certame, Pablo, Rômulo e Mario, num ver nada esfumaçado, expunham suas observações acerca das pelejas que começam nessa expectativa semanal e terminam na ingratidão dos primeiros dias de maio. Os perderes irão se somar...

Gallegos, o mais irradio de todos, versejava as fontes de sua Dona Bárbara, e impunha as forças da natureza de sua brochura da condição desesperante dos homens, enquanto que Neruda, igualmente ausente de si, esquecia-se dos Vinte Poemas de Amor, e bradava pela garganta cheia de neblina, as cruzes de sua Canção Desesperada, ao passo que Llosa vertia os horrores do prosaísmo da Guerra do Fim do Mundo... Era a aflição!

Retidos da correria libertária, os fantasmas fumantes, em silêncios megalômanos que escondiam certas amarguras, compunham os labirintos dos caminhos até a finalíssima, e mesmo sendo sabido que os dezesseis esquetes potentes sofrem do mesmo intento conquistador, os três espíritos fumacentos, numa frigidez calcinante, expuseram os nomes dos tristes coadjuvantes ilustres: os colombianos Santa Fé e Atlético Nacional, que decidirão, respectivamente, suas cismas contra o mexicano do Chivas Guadalara, e a altitude equatoriana da Liga Deportiva Universitária; no mesmo tempero cujo paraguaio Libertad medirá seu escudo defensor diante do Tigres de Monterrey, um outro mexicano que é quase um texano; ao mesmo tempo em que o debutante brasileiro Goiás será posto a prova da costura das agulhas argentinas do Estudiantes! São os levianos...

A literatura sul-americana é conhecedora das tradições e vinganças que cerceiam os suores dos Libertadores da América. Enxerga os ares raivosos e imprevisíveis dos embates dos patrícios portenhos Vélez Sarsfield X Newell´s Old Boys, e dos paulistanos São Paulo X Palmeiras. E vê as faíscas que sairão do bater das pedras entre Corinthians X River Plate, e o colorado gaúcho Internacional contra o uruguaio Nacional de Montevidéu! São os místicos...

Os classudos embrenhados na branquidez da saleta do centro boliviano cravaram numa bolota de sulfite, com uma letra cursiva firme, antes de desaparecerem no frescor de uma estranha sublimação, que o campeão sai desses quatro confrontos mistificados pelo tempo, de tradicionalismos e vingações. E que os demais, os pouco refletidos, serão espectadores de uma decisão inédita com espetacularidades de melancolismos...

Dentre Os Grandes És O Primeiro: o mestre maior do futebol ofensivo foi ter com a imensidão na última sexta-feira. Telê teve com o joguete do destino nos anos de 82 e 86, e 92 e 93. O placar estaria empatado não fosse o consenso das torcidas do Brasil e do mundo quanto os seus delicados ataques pelas pontas, e suas tabelas envolventes pelos meios... Foi o primeiro dos grandes!

Enviado por Rufus Melancólico

segunda-feira, abril 24, 2006

SIMON ALARMA: ELA VOLTOU!


“Quando eu faço café eu faço café, quando eu faço chá, eu faço chá!”

(Lady Jane em O Mistério de Irma Vap)

Sim, senhores! Venho informá-los neste cappuccino de hoje (capuccino sim porque hoje estou sem a menor condição de degustar uma dose de café forte) para avisar que ela voltou depois de 11 anos assombrando os palcos com tanto sucesso para invadir as telas de cinema de todo o Brasil e quem sabe de alguns cantos do mundo! E exatamente 20 anos depois de lançar seu feitiço pelos palcos brasileiros pela primeira vez!

Mas “ela quem?!” – é o que vocês devem perguntando... Mr. Simon refere-se à Irma Vap, ou mais precisamente ao filme Irma Vap: o retorno, que é baseado no texto teatral O Mistério de Irma Vap, escrito pelo dramaturgo norte-americano Charles Ludlan e estrelada em recantos tupiniquins por dois monstros do teatro brasileiro: Marco Nanini e Ney Latorraca. Ah, sim! Antes não posso esquecer de mencionar que a direção da montagem brasileira foi de Marília Pêra (outro monstro!).

Enganam-se todos aqueles que pensam que irão vivenciar a catarse coletiva da peça que ficou mais de 10 anos em cartaz e que até entrou para o livro Guiness por ser a peça que em cartaz com o mesmo elenco por mais tempo (adoraria ser um pernilongo para poder espiar o camarim e os bastidores dessa montagem só para ver como era a convivência dos grandes atores por debaixo das cortinas, rsrs). As frenéticas mudanças de roupa (54 ao todo e muitas em menos de um minuto!) dos astros e as mirabolantes tiradas cômicas do texto deram lugar a um roteiro original baseado na peça de Ludlan (e não um mero roteiro adaptado, termo técnico que deixa esse povaréu de cinema em chilique!), com mais personagens, trazendo uma nova dimensão à trama protagonizada por Nanini e Latorraca.

Tudo começa com a morte de um produtor teatral em conseqüência de um retumbante fracasso de crítica e público: seu sócio, determinado em fazer justiça, decide remontar o maior sucesso que ambos tiveram até então, O Mistério de Irma Vap! Com isso, todos se mobilizam na tentativa de tentar “reviver” o fenômeno escalando um novo elenco e buscando a permissão para remontar o texto.

Dentre as novas personagens do filme de Carla Camuratti, destaca-se a “vilã” Cleide, com mais uma atuação brilhante de Nanini. As caras, bocas e chiliques que ele nos brinda são tão engraçadas que já valem o exorbitante preço do ingresso – ponto para Nanini! Odete, a mãe interpretada por Latorraca (uma breve semelhança com o antológico personagem “Barbosa”, da saudosa TV Pirata!), também merece risadas do público (a seqüência em que ela assiste o programa de sexo de Sue Johanson é definitivamente hilário!) – ponto para Latorraca!

É adorável como os atores brincam o tempo todo com as esferas dos gêneros em cena: eles vão do masculino ao feminino com uma naturalidade de impressionar até os atores mais experientes... Ponto para os dois, visto que este é o maior desafio para um grande ator, viver uma personagem feminina na ficção sem que ela seja uma drag queen completamente estilizada ou simplesmente uma bicha louca ensandecida – não que a personagem de Nanini não tenha tamanhos elementos grotescos, mas ele encara este desafio com total naturalidade!

O roteiro (o elemento mais fraco do filme, no meu ver) é o que deixa a desejar aos espectadores mais exigentes em determinados momentos... Repleto de referências a clássicos da sétima arte, com destaque para What ever happened to Baby Jane?, com Bette Davis e Joan Crawford (Lembram-se da antológica cena do atropelamento? Sim esta cena é relida por Carla Camuratti em Irma Vap!), o texto é salvo pelo timing de Nanini e Latorraca, que com suas brilhantes atuações salvaram a pátria do roteiro adaptado...

Li recentemente que os atores foram aplaudidos de pé por mais de 10 minutos na première do filme em um cinema do Rio de Janeiro no início de abril, o que não deixa de ser merecido. Afinal, o exercício dramatúrgico comandado por Carla Camuratti foge dos clichês baratos da comédia altamente visíveis nos enfadonhos programas humorísticos de sábado à noite. Ponto para Camuratti! Graças a sua direção, Irma Vap: o retorno é um meio de que todas as gerações não se esqueçam deste grande furacão causado pela antológica montagem de Marco Nanini e Ney Latorraca. Num país que se esquece de seus feitos históricos, conforme nos atesta Latorraca*, é uma esperança (além de um grande prazer, lógico!) ver que nem tudo se perde nos reinos globais do cinema. Por isso, não resistam ao alarme e vão ao cinema garantir as suas boas risadas!

* A afirmação de Ney Latorraca pode ser vista pelos leitores no seguinte endereço:

http://www.guiadasemana.com.br/noticias.asp?ID=11&cd_news=12158


Enviado por Mr. Simon

Joyfullness

Hoje contarei porque meu codinome é Joy.

Recentemente tive a oportunidade de conhecer e estar frente a frente com o ser humano mais iluminado que já conheci na Terra, até agora!

Sei que existem vários no mundo, inclusive alguns se misturam no meio da multidão. Esses, mesmo assim, nunca passam despercebidos...

Estar diante de um desses seres é um privilégio e uma honra.

A energia do Amor, da Compaixão e da Luz é tão forte que simplesmente basta estar presente no mesmo ambiente para sentir. Não há necessidade de palavras ou ações. Somente “ser e estar”.

É o Farol que ilumina as águas, nos guiando na escuridão. É o Sol que ilumina a sala, anunciando a chegada de um novo belo dia.

E assim temos a sensação de estarmos em casa.

Tudo é diferente. A energia muda o olhar, a postura diante da vida, a entonação de voz, enfim, o modo como expressamos o nosso ser.

E então, escutando sua história de vida, as dúvidas e dificuldades que estavam em sua trajetória, suas experiências, o que esse ser era e o que ele se tornou ainda nessa existência... tudo isso encheu meu coração de esperança e alegria. Muita alegria!

Esperança e alegria, não de um dia me tornar igual a esse ser, afinal cada ser é único em sua existência!

E sim, de um dia eu ser quem realmente Eu Sou...

... em Plenitude...

... e Eu Sou Joy.

Enviado por Joy

domingo, abril 23, 2006

Ei, vocês já comeram no Bom Prato?

Ei, vocês já comeram no Bom Prato? Eu já. A comida é boa e possui todos os elementos de uma refeição balanceada: proteínas, carboidratos, verduras, legumes e frutas. O preço é fabuloso, apenas R$ 1,00. Sem dúvida, por esse valor não seria possível elaborar, em casa, uma refeição com todos esses componentes. Porém, se o preço monetário pelo prato de comida é baixo, o preço psicológico é altíssimo. As filas são absurdamente grandes e morosas: enquanto esperam pela sua refeição balanceada cada cidadão é obrigado a se submeter a uma longa fila, que remonta quarteirões e lhes usurpa horas de seu dia, isto mesmo, horas, pois a espera não será de menos de uma hora. Em conseqüência, certamente não se beneficiará da refeição à baixo custo aquele trabalhador que, como a grande maioria, conta apenas com uma hora de intervalo para o almoço. Porque então não criar mais centros de refeições populares, ou centros maiores? Excelente pergunta, cuja resposta não sou eu quem posso oferecer.

Porém, enquanto o cidadão espera na longa fila, ele é lembrado de que não é capaz de consumir uma refeição com os mesmos componentes em outro lugar qualquer, e que suas necessidades básicas precisam ainda ser atendidas pelo Estado. Mas é lembrado também que ao atendimento de suas necessidades básicas corresponde um determinado tratamento, uma determinada punição, justamente as filas absurdas. O benefício do qual desfruta implica, portanto, em uma pena, que deve ser expiada completamente. Para obter o pão aprende-se que devemos nos sujeitar a quaisquer humilhações. Como cães de rua que comem restos em uma lata de lixo imunda ou numa calçada molhada e suja de merda de gato; como porcos que se alimentam de lavagem no meio da lama, também os cidadãos do Brasil devem se submeter a quaisquer condições para se alimentarem. Mais do que isso, somos adestrados a considerar que esse tratamento é natural e que devemos ser gratos pelas migalhas que nos proporcionam. Dia após dia somos punidos por sermos dotados de certas necessidades; somos punidos porque precisamos comer, porque precisamos nos deslocar, porque precisamos de habitações para nos protegermos das mudanças climáticas. Deste modo, para comermos somos punidos com filas absurdas, para nos locomovermos somos punidos com um transporte coletivo sujo, demorado e lotado, para nos abrigarmos das mudanças climáticas somos punidos com habitações precárias e com impostos desmedidos. Estamos diante de um processo que pretende aniquilar a estima dos cidadãos e destruir a dignidade dos homens, negandos-lhe a racionalidade e aproximando-os cada vez mais de uma besta furiosa comedora de carniça. Certamente eu não anuncio nenhuma novidade, outros já disseram o que digo de maneira muito melhor fundamentada, profunda e sistematizada; o curioso é um comentário como esse aparecer até mesmo num blog bobo, escondido no meio da internet.


Enviado por Miranda Belvedere

sábado, abril 22, 2006

FRAGMENTOS

Hey, você!

Você sabe que trem eu pego para ir àquele lugar onde toca Cat Stevens toda tarde antes da hora do café?

É aquele lugar aonde meu pai chegava em casa mais cedo e me abraçava forte até perder o ar.

Ele sempre me dava bronca porque eu mergulhava no chão cheio de sabão em pó até ralar meu joelho todo e, mesmo assim, dava risada do meu sorriso banguela.

Tenho certeza que é lá que vive aquele ET que me observava pelas frestas da janela enquanto eu dormia. Ele, de velhinho, deve estar banguela como eu fui.

Lembro que o cabeçudo ficava me observando enquanto eu tentava lembrar onde fica o Cruzeiro do Sul. Eu sempre via vários dele lá em cima, de diferentes tamanhos, mas nunca vi mais de um Cruzeiro do Sul no mapa do céu da Superinteressante.

Eu falava com esse ET de madrugada, quando perdia o sono por causa do tick tack do meu relógio rosa. Nunca gostei daquele relógio rosa, minha mãe que escolheu.

Ah! Até os meus nove anos, eu também tive um chip atrás da minha orelha esquerda, mas acho que o ET tirou quando foi embora da minha janela. Esse chip me fazia ver a borda riscadinha de amarelo que enfeita o contorno das pessoas quando elas sorriem. Era fantástico! Só nunca entendi porque elas não podiam ficar amarelinhas o tempo todo.

Ah, esse lugar...

Tenho tantas saudades! Não volto lá desde os meus 10 anos, quando minha mãe me buscou na Elba preta cheia de adesivos do meu pai para me levar ao colégio. Mudei de casa e amigos naqueles 15 minutos e ainda não achei o caminho de volta.

Enviado por Anne.

sexta-feira, abril 21, 2006

Brasil, mostra a sua programação!

Como uma mulher elegante, fina e educada, gostaria de começar a minha coluna do Cafeína parabenizando todos os meu queridos colegas que também escrevem para este site magnífico. Tenho apreciado todos os textos.

Outra coisinha, na semana passada prometi fazer uma apresentação sobre minha pessoa nesta edição, mas pensei melhor e mudei de idéia. Não estou a fim de escrever sobre isso agora. Quem sabe na semana que vem. (Aprendi desde cedo que toda pessoa chique tem de ser geniosa).

Bom, na coluna de hoje nada mais quero do que sugirir uma reflexão. O bom é que você já vai ter o que pensar na estrada, enquanto se dirige para a sua casinha no pé da serra. É bom de vez em quando colocar o cérebro pra malhar.

A minha proposta é simples. Gostaria que vocês pensassem em programas da televisão brasileira, de bom gosto, é claro, que tenham sido originalmente criados, desenvolvidos, gravados, concebidos, lapidados, apresentados e elaborados exclusivamente no Brasil. Pensem e postem, plis. Pois tudo a que assisto na programação daqui tem uma dedada bem grande, uma verdadeira atolada, de produtos já existentes lá fora.

Pelo menos nos últimos dez anos, todas as “grandes novidades” que têm sido lançadas na mídia por aqui são vendidas para os idiotas dos telespectadores como idéias originais, inovadoras ou como grandes sacadas. Nós, os

trouxas, compramos direitinho e batemos palma para os Big Brotheres, Shows do Milhão e No Limites da vida.

Estou falando tudo isso por causa do último barulhinho que a imprensa fez com o lançamento do programa Ídolos, do SBT. É legal. O programa em geral é legal, é bacana. Mas cadê a criatividade de produtores, redatores e diretores brasileiros? Será que em nosso país não há profissionais capacitados para colocar no ar um produto de entretenimento 100% made in Brazil?

Para quem não sabe, o Ídolos é uma versão (um pouco tosca) de um programa dos Estados Unidos chamado de American Idol. Só um parêntese: até a Rede Globo bebeu dessa mesma fonte norte-americana quando colocou no ar o “Fama”. É claro que o modelo dos nossos programas de calouros não precisa ser o do ultrapassadíssimo programa Raul Gil (pelamores, né?), mas também não deve sugar a personalidade de um outro para feito para babões americanos. Imagination, Brazil, imagination!!!

Enviado por Danuzah Coelho

quarta-feira, abril 19, 2006

Devaneio...

Era um dia comum, sem chuva, nem calor. Também não fazia frio. Ameno.

Tudo em volta arrumado, tudo a ser feito ajeitado. Um mês para acabar o ano, o que mais poderia fazer?

O plano estava ali, feito. Mais um pouco seriam 29 e esse tudo poderia mudar. Assim dizia Saturno e não poderia deixar de ser. Nasceria de novo. Só não sabia quando.



E foi quando ela apareceu.






Enviado por Simon Diz?

A PELOTA in Os Gerais

Começou o desespero.

Deu início a agonia.

Toque de chapa na angústia...


Um sol fraco, mal raiado, vergonhoso, embrenhado em nuvens, foi cúmplice do redemoinho que surgiu por entre a massa concreta dos ladrilhos do chão do quarto onde eu insoniava. Do meio da fumaça giratória chegou-se o risonho, espírito bonachão que só, trambiqueiro das palavras, pregador de peças e desafios e adivinhas, fasmisgerado... faz-me-gerado... falmisgeraldo... familhas-gerado... o Famigerado, ele, o João, o Guimarães, o Rosa... O diabo.

Direto do quente do sertão, tinha saltado cedo da tumba pra me ferrar os ossos, me por calafrios, medos, arrepios. Rindo, sem conversa, gargalhando, vendo duendes amarelos pelos óculos de garrafa, disse que ia acompanhar de perto, com visores, as primeiras histórias do certame dos índios, dos pretos, dos brancos, dos mulatos, dos brasileiros... E não havia jeito de desdizer pessoa saída de tornado miúdo.

Queria minha carona, prum passeio e o retorno, e se infiltrou na mochila, junto da limonada, da torta de bananas, enquanto eu viajava no tempo, através do espaço, pro sul, e pela bússola, passando pelos campos, pelos matos, pelas veredas... A sagarana inteirona. O sábado e o domingo. Porque era estréia, o porvir da sofreguidão, as gentes toda de sentidos em pé. As margens da alegria, o pirlimpsiquice... O espelho antes das fatalidades...

Mas em busca de barbantes barulhentos, seguimos caravana pelo Arruda, Canindé, Ressacada, Machadão, Castelão, Mané Garrincha, Brinco de Ouro, Baenão, Morumbi, Olímpico, Serra Dourada, Arena, Maracanã, Parque Antártica e doutros nomes... Fomos vislumbrando os sapos das tradições, enterrados no vestiário dos que visitam... Vimos os uniformes acumulando climas... Os cruzamentos zunindo no céu... As tabelas se pintando nos vastos... E tiros a gol, nos postes, nos vazios, nos arqueiros, nas corujas...

Porém os zeros no placar, em desagrado, desentendidos: Goiás e Santos, Santa Cruz e Figueirense, fizeram o Judas da rodada, desempenharam a traição sem beijo, sem abraço, sem vibro. No entanto, sem culpa. Pois foi debaixo das traves que Dito e Diadorim resolveram brincar de feitiço e impediram que a bola passasse pela linha do crime. E esbugalharam a nueza das vistas de Miguilim! E eriçaram as tranças da Menina de Lá! E atrasaram os ponteiros do relógio de Augusto Matraga! E quando Rosa, o doutor-jagunço da seca, percebeu a calhorda, já viviam-se os acréscimos... E o tempo era só vento, refazendo-se em novo redemoinho, tragando os fantasmas para o além, os personagens todos, os atores, os brincalhões... Incluindo o Famigerado, que tentou escapar na barcaça do Audaz Navegante.

Tantos caminhos a percorrer, percorridos. No bumbar da barriga dos bois, se acabam os apitos, os fôlegos; e os refletores do outono se apagam, em silêncio, como as luzes dos vaga-lumes...

Nas trilhas, o cabisbaixismo dos infelizes derrotados, as danças dos vencedores temporários, e os incertos... Destinos lançados às correntes, e a vida em flor, por milagres, fábulas e ilusionismos...

Os Gerais São Os Gerais: 40 corações disputarão até o início de dezembro 760 entraves. A tônica é simples, e como a teoria da simplicidade, cruel: dos 40 órgãos, 15 obterão alguma alegria, 17 ficarão na entressafra, e 8 sonharão com pesadelos. Aparentemente os números são favoráveis, mas as aparências enganam. Sem citar prejuízos históricos, morais, e financeiros, é a faca de um verso: “tristeza não tem fim, felicidade sim”.

Enviado por Rufus Melancólico

terça-feira, abril 18, 2006

SIMON AVISA: “TODO JOGO PERIGOSO É PASSÍVEL DE DESMASCARAMENTO”

O famoso verso que Jim Morrison pregava no final dos anos 60 que diz “Your ballroom days are over, baby” (Os seus dias de baile acabaram, baby) nunca fez tanto sentido para uma pessoa nos dias de hoje como para a jovem Suzane Von Richthofen. O festival de cinismo e cara de pau que foi visto pelo Fantástico em 09/04 foi suficiente para revoltar não apenas as autoridades, como também a sociedade brasileira como um todo.

Todos aqueles que possuem um pouco mais de massa cinzenta sabem que o circo televisivo como um todo não passa de uma encenação generalizada. Tramas e personagens pululam como pulgas saídas do picadeiro cujo texto a decorar são as falas que se chamam de vida real – Simon explica: os noticiários, as novelas e os outros programas apresentam uma “realidade” tão insólita que muitos de nós acreditam que as ruas do Rio de Janeiro são parecidíssimas com as ruas de Bagdá, que no reino dos famosos tudo é glamour, perfume e champagne e que (supostamente) a bela Suzane se sentia arrependida de ter cometido tamanha atrocidade contra os pais anos atrás.

Não estou aqui para comentar a respeito dos feitos da jovem no passado (quando ainda era bela!), mas para discutir a encenação que ela fez na frente das câmeras da TV: num primeiro momento, até eu cheguei a acreditar que Suzane sentia remorso por seus atos, porém, ao ver a grande armação armada por advogados e amigos da menina, constatamos que o suposto quadro psicológico da “menina” não estava em frangalhos... Tratava-se de um blefe tamanho família para que nós, sociedade, fossemos convencidos de que até os mais monstruosos eram dignos de nosso perdão.

Sinto, Suzane, mas desta vez você não conseguiu... Try again, darling! If you can, of course! Daqui a umas trocentas doses de café pode ser que você consiga...

O mais desconcertante para mim não foi ver o grau do cinismo da criminosa (que se assemelha à qualidade da encenação daquelas atrizes mexicanas H-O-R-R-O-R-O-S-A-S), mas a empáfia e a arrogância de seus advogados perante e por trás das câmeras da TV Globo. Quando eles diziam para a menina o texto a ser apresentado na frente das câmeras, palavras que eram também de uma qualidade horrorosa, não pude esconder o grau de revolta. O que me incomodou não é o simples fato deles armarem esta mentira toda por interesses acerca dos bens de Manfred Von Richthofen, o pai assassinado, mas sim a crença de que NÓS, telespectadores, acreditaríamos nesta construção dramática barata! Subestimar a minha inteligência é o que mais me irrita neste mundo.

Uma das mentes mais brilhantes dos últimos tempos, o saudoso escritor e dramaturgo Nelson Rodrigues, avisava que “Tudo que é humano não me surpreende!!”, e tendo a concordar com ele! Não me surpreendo com a frieza típica dos psicopatas que vi estampada no rosto e na triste figura (o que aconteceu com o corpo daquela musa do crime?) de Suzane Von Richthofen. Não me surpreenderia se a televisão, daqui a um dado espaço de tempo, deixe de apresentar provas que incriminem a ex-namorada de Cravinhos para defendê-la publicamente ou apenas ficar de braços cruzados, ao invés de fazer justiça em relação aos assassinados, como também ao jovem irmão da criminosa, que foi condenado à orfandade por simplesmente ser irmão de alguém sedento por dinheiro e liberdade absoluta! Que o futuro aja por si só...

Por essas e outras, Simon avisa: “todo jogo perigoso é passível de desmascaramento”. As máscaras de Suzane não apenas caíram, mas foram pisoteadas, cuspidas e malhadas como bonecos de Judas destruídos em pleno Sábado de Aleluia! Antes de pensar em jogar e brincar com a inteligência alheia, pensem no peso das máscaras que caem...

Enviado por Mr. Simon

segunda-feira, abril 17, 2006

Bóris, o gato

Bóris era um gato de rua, sem raça definida e idade desconhecida.

Bóris não caçava passarinho. Certa vez ouviu uma história sobre uns pássaros gripados que vinham do Norte. A partir daí, seu instinto de sobrevivência falou mais forte e decidiu parar com esse hábito. Soube que nenhum amigo gato caçava mais passarinhos!

Bóris se alimentava de restos. Mas, era muito desconfiado, pois já gastara duas de suas sete vidas se recuperando de envenenamentos. De vez em quando, uma senhora com cabelinhos brancos lhe dava um alimento que os humanos chamavam de ração. Achava gostoso e matava a fome. Além disso, sabia que, esse alimento, vindo dessa senhora, poderia comer sem receios.

Tempos atrás, Bóris tinha um amigo, de outra espécie, chamado Fred. Seus amigos gatos achavam estranho aquele relacionamento, afinal, Fred era um cachorro! Fred o protegia dos perigos da rua, brincava com Bóris e o deixava dormir aconchegado em sua barriga. Bóris se sentia muito seguro perto de Fred.

Os outros gatos diziam que Bóris renegava a raça. Deveria ser independente, dono de seu próprio nariz. “Onde já se viu andar em ‘bando’ e ainda mais com um cachorro?”, eles diziam. Mas, Bóris não ligava!

Fred e Bóris, davam uns rolés pelo bairro e viam gatos e cachorros sendo tratados à “pão de ló”, embora eles literalmente nem sabiam o que era isso. Observavam gatinhos no colo de seus donos, ronronando de alegria. Tentavam imaginar como seriam suas vidas nesses lares, fora das ruas. Um tempo depois, essa fantasia não importava mais, porque Fred e Bóris tinham um ao outro.

Certo dia, Bóris viu parar um carro. Mal ele sabia que este evento o mudaria para sempre. Observou outros cachorros dentro do carro. E tudo aconteceu tão rápido! Fred, jogado ao chão, se contorcia em desespero tentando se desvencilhar daquelas redes. Todo esforço era em vão. E então, seus olhares se encontraram, em despedida. Bóris nada pôde fazer!

E Fred se foi.

Seus amigos gatos disseram que Fred viraria sabão. Bóris, em angústia, subiu mais alto que pôde, no muro de uma casa abandonada e viu o veículo cada vez mais longe até sumir de sua vista. E então, cabisbaixo, chorou como nunca havia chorado em sua vida.

A partir desse dia, Bóris se isolou. Seus momentos de alegria se resumiam aos carinhos dados pela velha senhora que o alimentava fisica e emocionalmente, o suficiente para sentir que ainda havia um sopro de vida naquele corpo. E assim ia sobrevivendo dia após dia, contando as vidas que ainda lhe restavam.

Boris era um gato de rua e vivia escondido no mato. Num mato sem cachorro.

Enviado por Joy

domingo, abril 16, 2006

Odeio blogs

Odeio blogs. Detesto-os, considero-os algumas das coisas mais abomináveis e repugnantes das inúmeras que podem ser encontradas na Internet. Não entendo o que faz uma pessoa considerar que sua vida medíocre pode ser interessante. Mais do que isso, não entendo como uma pessoa mediana, que expõe de modo imbecil sua privacidade, pode considerar que suas idéias sobre o mundo e a realidade podem ser interessantes. Não consigo - e me esforço - compreender o processo pelo qual consideramos que a formação de nossa identidade liga-se necessariamente a um outro processo, que consiste na exposição pública e sistemática de uma auto-imagem pretensiosa e desmedida. A vigência parece ser aquela segundo a qual nossas vidas apenas tornam-se valoradas se puderem ser expostas para a apreciação dos demais. Se fossemos gregos ou romanos, ao menos, gostaríamos de ser lembrados por feitos nobres e honrados. Como nem sabemos o que somos, gostamos de ser lembrados como qualquer coisa, desde que sejamos lembrados. E eu não estou isenta, afinal escrevo para um blog. Pior, não há quaisquer ganhos envolvidos, nem financeiros, nem intelectuais. Minha conta bancária não é acrescida em um centavo, em função das horas que passo em frente ao computador, digitando palavras e organizando frases ácidas para serem publicadas em um blog. Não posso nem mesmo utilizar tais publicações no meu curriculum; aliás, devo dizer, teria vergonha de confessar que dedico horas da minha vida à escrita de notas para um blog; por isso me escondo ordinariamente nas sombras de um pseudômino. Oras, então porque vocês estão lendo essas minhas palavras justamente em um blog? Por conta de um pedido de uma grande amiga. Isso mesmo, uma amiga, para quem já não posso negar quase nada. Ela pediu minha colaboração e eu achei que sofreria menos colaborando, do que lhe negando mais um pedido. Eu sei, preciso de análise. Mas, nem mesmo isso me exime. Se os meus princípios fossem mesmo relevantes, eu teria negado. De qualquer modo, insisto: odeio blogs e os considero uma inutilidade. Por isso, meus caros leitores, desliguem o computador e LEIAM UM LIVRO. DESLIGUEM ESSA PORRA, CARALHO! Leiam uma BUCETA DUM LIVRO! E não se atrevam a começar com um livro ridículo de merda de auto-ajuda ou uma daquelas imbecilidades levianas e mal escritas do Paulo Coelho!


Enviado por Miranda Belvedere

sábado, abril 15, 2006

Operação Tapa-Buraco

-Simon, não vai dar.
-Como assim, o que aconteceu?
-Problema particular. Mas eu volto.
-Ai, ai... O que você não me pede chorando que eu não faça... Chorando?
-Foi mal, eu volto, boa sorte no início!

BRRRRRRRUMMMMMMMMMMMMMMMMMM

Simon empurrado pro meio do palco. Sozinho. Pedala, fio!

-Arran. Arran. (pigarro). Cof, cof...

-E aí, o que você tem a dizer?
-Carai, recebi um e-mail dessa porra e cadê o texto???
-Calma aí, queridos, o texto...
-Calma aí? Péra lá, mermão, vim aqui pra ler um texto e vai ter que ter. Cadê?
-Queremos texto! Queremos texto!

Simon meneia a cabeça. "Fudeu", pensa o malfadado coordenador. "Calma lá, isso estava planejado. E ela vai voltar..."

Simon puxa o teclado. Olha pra tela. Olha para o teclado. Vai apertar a primeira tecla e:

-Veja lá o que você vai escrever!

"Oposição filha da puta. Vou sair com classe"

-Não vai ser como a Anne, querido. Mas vai ter Cafeína, pode ter certeza.

"Luva de pelica. É isso ai. Morra, biltre!"

- Vai ser sobre o quê?

"No conditions. Só o meu mantra salva. Lhamalhamalhamalhama...... lhamalhamalhama... Ufa. Mais calmo. O silêncio vai ser minha resposta"

- Você já vai saber.

"Agora vai. Sobre o que eu falo... Sábado de Aleluia! Vou malhar o Judas!"

-Você não vai malhar o Judas não, né????

"Filho de uma égua!!!!"

- Obviamente que não.

"Fudeu. Mas também... Agora até Judas é VIP, era "O" cara..."

- Porra, tem mais texto aqui embaixo, né!

- Isso, meu filho! Exatamente, tem!

- Nossa, não creio, estão falando da Ariclê! Ai, será que foi suicídio?

- Você viu? E tem mais aí embaixo...

- Futebol? Adoro futebol!

- Excelente! Toda quarta você vai encontrar uma crônica excelente sobre o assunto e...

- Pô, têm outros colunistas também!

- Sim, Joy e Simon (meu xará), gente fina... Pode ler. Eu recomendo!

- Cara legal, gostei da idéia.

- ´Cê viu o lay, meu, dá hora, olha aquele gato ali em cima...

"Ufa! Save by the bell..."

-Amigos, que bom que gostaram... Acho que nem precisa mais do texto, não é mesmo? Fiquem à vontade, ou a lá vonté, como diria a Danuzah...
Semana que vem publico aqui. Ou a Anne. Sem bom material não fica!

- Vou adicionar aos favoritos!

- É isso aí! Valeu... Em breve a Anne volta. Tem textos excelentes... Pode ter certeza!

"Anne, volta... Santa Anne, pelamordedeus!"

- É isso ai, queridos, continuem acompanhando, amanhã tem Madame aqui também!

"Como é foda vida de coordenador..."

Enviado por Simon Diz

sexta-feira, abril 14, 2006

Simplesmente um lixo!

Gostaria de estrear a minha coluna no Cafeína prestando uma homenagem a um dos homens mais luxuosos do Brasil, que nos deixou recentemente: Athayde Patreze. Sem dúvida ele partiu para o andar de cima com a pulseirinha azul celeste que dá acesso livre à área VIP do “second floor”. Tomei a liberdade de até fazer um trocadilho com o bordão de Athayde para dar título a esta coluna chiquérrima. (Mais abaixo vocês vão entender o motivo dessa grosseria de trocar luxo por lixo. Você vão me dar razão).
Ah! Antes de mais nada, quero fazer uma observação. Adoraria iniciar a coluna fazendo uma apresentação sobre a minha pessoa. Seria educadérrimo da minha parte, mas deixarei para o capítulo seguinte. Aguardem.. (Na verdade, é que sou uma pessoa que dispensa tudo isso. Vocês vão concordar).
Preferi começar o nosso encontro falando sobre um outro assunto: o terror que é assistir TV aberta durante a semana à noite. Se você não faz parte dos 4 milhões de brasileiros que têm TV a cabo, ou seja, da nata, sinto muito. É deprimente ficar horas zapeando entre míseras emissoras e só encontrar culto evangélico, game entre artistas de segundo escalão ou novela. Se passar das 21h30, então, coitado de quem já está deprimido!!! É melhor ler um livro ou escutar música..
Digo isso porque durante um mês fiz a experiência de ligar a TV de segunda a sexta-feira às 21h e quase enlouqueci. Nossa, como me senti pobre!! Que horror! Nem vou perder tempo descrevendo as atrocidades que surgiam na tela. Prefiro ir direto ao foco. Fiquei chocada com o programa da Luciana Gimenez. Gente, essa menina tem pedigree!!! Como ela pode estar se prestando a esse papel ridículo? Uma mulher linda, glamurosa e inteligente (sim, não se assuste. Com esse papo de que ela é burra nem inglês concorda. Que o diga Mick Jagger. A moça é muito esperta, isso sim) não poderia estar no comando de um programa tão chinfrim quanto esse Superpobre, Superpop, algo assim.
O cúmulo dos cúmulos foi sintonizar nesse programa e me deparar com um debate sobre os motivos da morte de Ariclê Perez. Gente, deixe a Ari descansar em paz! Ninguém tem o direito de julgar o fato dessa essa atriz elegantérrima (que, com certeza, também partiu com a pulseirinha azul celeste) ter tirado a própria vida. Sobre isso, só digo uma coisinha: Era direito dela. Pronto. Não tem cabimento o assunto virar pauta de um programa noturno e ainda mais com a participação de uma vidente dessas aí que só prevê desgraça. Fiquei inconformada e muito triste com a Luciana. É para ela que dedico o título dessa coluna. Para ela e para toda aquela Rede pobrinha dela (Sim, dela, pois ela já é praticamente dona daquele barracão).
Indignações à parte (desculpa, gente. Detesto descer do salto), é importante lembrar que (thanks, God) existem algumas pouquíssimas e raríssimas ressalvas na TV aberta. Em primeiro lugar a velha e boa TV Cultura. Tudo de lá é bom. Todos os programas são maravilhosos. Chega a ser meio óbvio citar a Fundação Padre Anchieta como “the best of the best”. Além disso, tem outra questão. É como querer comparar um vinho californiano da vinícola Mondavi com um garrafão de Sangue de Boi. Sorry, a Cultura está em outro patamar.
Então, vamos às emissoras populares mesmo. Fiquei surpresa com o “Todo Seu”, da TV Gazeta. Embora irrite com aqueles takes massivos de merchandising, é um programinha agradável (levando em conta também que se trata de uma emissora modesta, sem muitos recursos). Ronnie Von não é mais aquele príncipe da Jovem Guarda, mas se porta com categoria em frente às câmeras, um gentleman. Está sempre muito alinhado, bem vestido, com a pele boa, simpaticíssimo. É a ele que dedico o “troféu luxo” desta coluna (nossa, resolvi agora essa história de troféu, a louca!). Achei interessante ver em seu programa alguns artistas talentosos e que há muito tempo não via na telinha, como Tunai, Angela Rorô, Francis Hime, Jane Duboc e Emílio Santiago. Em que outra emissora assistiríamos um musical com cantores desse naipe? Na de Luciana é que não seria.
Aliás, termino esta coluna com um conselho para a Lu. Ela deveria adotar também aqui no Brasil o sobrenome Morad, assim como é reconhecida no exterior. Acho muito mais fino...

Até a próxima,

Kisses

Enviado por Danuzah Coelho

quinta-feira, abril 13, 2006

Só emoção, então

Era domingo, mais um, recheado por elementos de sempre. A guerra sem preço pela audiência dominical; o rechonchudo do canal global versus enrustido oxigenado já saiam de cena para dar espaço a um show ainda mais apelativo. Horário nobre, na maior emissora do país, transmissão de trechos do documentário : Falcão os meninos do tráfico. Cinqüenta e quatro por cento da audiência ali perplexa e eletrizada com as cenas violentas do ‘novo’ produto.

A exibição do documentário foi adiada por três anos; o autor. MV BILL, queria fazer algo, tentar mudar o destino dos personagens reais, para que não morressem. Por isso, talvez, tenha demorado em fazer a divulgação desse documentário.

Três anos após a primeira data de lançamento vem a público da forma mais torpe e manipulatória possível.

A preocupação com a morte dos meninos era real? Hoje, dos dezesseis entrevistados, só vive UM..

Tenho minhas dúvidas se existiu mesmo essa preocupação. Mal sabe esse pobre e arrogante pseudocineasta que está sendo massa de manobra para manipular.

Porque esse documentário está sendo exibido só agora? Isso não tem nada haver com a corrida eleitoral?

Existe forma mais suja para comover a classe média do que recortar um documentário e exibi-lo em cadeia nacional?

É fácil comover a classe média ao se exibir mazelas e pontos torpes da sociedade, onde os valores tortos, falta de oportunidade e desejo pelo poder se confundem.

Ninguém tem coragem de fazer nada, por isso as cenas comovem.

Ficam só na emoção.

Ninguém vai ate a Cidade de Deus ver tudo aquilo de perto.

As frases recortadas da tela foram parar em revistas e jornais, continuando o transe e apelo emocional usa-se :

“O fuzil AK-47 é meu melhor amigo”

“Meu pai só chegava em casa para bater na gente, tenho 17 anos e nunca tive um aniversário”

Fica aí uma questão: até quando vamos ficar só na emoção? Só na crítica ? O abandono social faz com que a classe média se sinta comovida. Mas é só isso? Só emocionados ficaremos?

Precisamos nos mobilizar, fazer algo de concreto.

Faça a sua parte. Começar a pensar como podemos fazer já é o primeiro passo.

Eu farei a minha.

“Ajudar no mínimo para você pode ser muito para quem recebe”

Até a semana que vem.

Enviado por Cat Lecat

quarta-feira, abril 12, 2006

A PELOTA

No princípio era o capotão arredondado, o retângulo de terra batida, e os paus de madeira que se tornariam os guardiões de alegrias furtivas...Correu o cronômetro em dois tempos de acréscimos taquicardíacos. E ventanias, enegrecimentos, nevoeiros, solões, relâmpagos, vulcões d´água, lamaçais, e muitas redes...Brotou um capim incerto, depois um matagal esburacado, daí o gramado verde, tapete com morrinhos em áreas de artilharia... Desenharam-se linhas de cal, tinta, brancas determinações de espaço; ergueram-se estandartes e brasões, bandeiras; levantaram-se arquiteturas onipotentes, robustas, infernais; rabiscaram regulamentos eternamente discutíveis; rixas e rivalidades formaram-se enquanto as cores tomavam partido numa batalha de bombas e rojões e torpedos, dantescos; e nasceram pra sempre as agremiações, os times, as equipes, os universos de sofrimento e apaixonamento instantâneo... O mundo bolou-se!

Há mais de um século, toda semana, todos os dias, em algum canto de terra, capim, mato, concreto, piche ou rincão, esquadrões se definham em defesa e ataque rumo à desmistificação do adversário. São pelejas de suores e sangramentos, musculaturas e estiramentos, deslizamentos, carrinhos pela esquerda, e cotovelos que sobram no ar, no supercílio. Uma glória e muitas aviltações... Compõe magnificências e desilusões, suspiros e rouquidões, lágrimas, sorriso, e mais lágrimas... Perdem-se joelhos, rumos, títulos e campeonatos. Ganham-se engasgos... O sideral de magias sem truques.

A pelota é a bala e a bazuca: o ardil dessa várzea de vida!

Enquanto houver café neste bule, ou semente de cacau nas veias, tecerei narrações e pitacos na canela sobre o que acontece no mundo redondo da rechonchuda. O clima é de queda de serpentina, papel picado na sarjeta, festins em fins... Cabou-se o respirar das disputas estaduais: desobedeceram jejuns, reluziu estrela solitária, apunhalada azul no caldeirão vermelho, quebra de invencibilidade, e mais de dezena de pólvoras nortistas, centristas, sulistas e nordestinas... Um pré-aquecimento de gala, de efemérides. O que está é no porvir, o doravante do próximo desespero, bem mais intenso. Porque é sempre um novo começo...

Um a Mais: esta é uma coluna condenada. Assombrada por mortos, e atormentada por espíritos, fantasmas e almas alvas. O conduzir será trôpego, mas audacioso. Viajará pelas laterais trazendo confins de inflexões. E cumulações no invólucro, espancado por petardos e tristezas no travessão.


Enviado por Rufus Melancólico

terça-feira, abril 11, 2006

SIMON RECOMENDA: PACIÊNCIA, FILAS... E MUITO CHOCOLATE!

“Chocolate / chocolate / chocolate / Eu só quero chocolate / Só quero chocolate / Não adianta vir com guaraná pra mim / É chocolate o que eu quero beber...” - Assim o saudoso Tim Maia dava o grito de guerra de todos os chocólatras deste universo... Como todos podem notar, a Páscoa deste ano está chegando mais uma vez. Semana Santa, uma boa oportunidade para ficar uns dias em casa, esquecer do trabalho, curtir os seus respectivos amores e coisa e tal... Tempo de reclusão, de reflexão e de união. Seria isso mesmo?

(Ah, sim! Caberia uma apresentação! Meu sobrenome é Simon - o nome eu não divulgo nem sob hipótese de tortura! -, alguns anos de idade, escritor amador e um mero entendedor dos fenômenos da natureza deste planetinha azul que aos poucos se desintegra moralmente, materialmente e existencialmente. Recluso por saudável opção - como o mundo anda repleto de “gente sem atração” - é melhor para que possamos manter um mínimo de sanidade mental!).
Fechados os parênteses, agora posso ir ao nosso primeiro cafezinho... Afinal, café faz muito bem para a ansiedade e para aguçar os nossos questionamentos existenciais... Isso mereceria outras xícaras até! Prefiro me deter a outro vício que faz muito bem para a saúde... a existencial é claro!

Na verdade, os dias que se aproximam revelam a enorme expectativa de todos é pelos chocolates que vamos ganhar de presente. Sim, isso mesmo! E não precisa ser chocólatra (como eu sou: INVERTERADO, graças aos diabinhos dionisíacos que existem!) para afirmar isso! É tanta propaganda de TV anunciando promoções de ovos de Páscoa que é impossível não me sentir atônito com a quantidade de apelos visuais por minuto. É uma quantidade de sedução tão gigantesca por hora que nem as melhores profissionais do sexo conseguiriam empregar em seus clientes.

De qualquer maneira o mal já está feito: as pessoas estão voando para os supermercados em busca do ovo mais mirabolante, as crianças na base da adrenalina histérica mais pura, as filas de caixa mais intermináveis, enfim, um caos digno dos tempos de Noel, sua roupa vermelha e suas renas saltitantes! Não existe nada mais insuportável para um homem do que ter que enfrentar filas intermináveis de supermercado, corredores infernais de shopping centers e tudo o mais!
Não escrevo isso por parecer anti-social: mas sim porque o consumismo que se pratica por quilômetro quadrado ultrapassa os limites do absurdo: não se compra mais um presente para agradar a pessoa, mas muitas vezes por ostentação, aparências e tudo o mais... E o pior de ter que receber os chocolates e os forçados “Feliz Páscoa” no próximo domingo é ter que degustar o bacalhau na próxima sexta-feira... argh!!!!!!

Como o cafezinho de hoje está chegando ao final (se eu pedir para beber outro eu vou ficar ligadíssimo o resto do dia, o que eu não pretendo - preciso dormir um pouco mais!!!), quero concluir desejando a vocês que leram estas linhas que vocês gostaram ou acharam um tremendo saco uma Feliz Páscoa com muito chocolate para comer, beber, olhar e se empapar!

Enviado por Mr. Simon

segunda-feira, abril 10, 2006

O Início

Este é o meu primeiro texto no Cafeína.
Não tinha idéia sobre o que escrever e resolvi escrever sobre "nada". Se o Seinfield pode, por que eu não posso?

O único problema é que estou ‘sóbria’. Não bebo café. Minha fonte de cafeína hoje se resume esporadicamente ao chocolate. Sim, digo esporadicamente, porque cafeína também dá crise de abstinência: a cabeça dói. E dói muito. Parece que estão furando as têmporas com uma furadeira elétrica bem ao estilo dos mais infames filmes de terror!

Mas, cafeína é cafeína, não importa a fonte. O que importa é a dose...

Penso que os textos têm que ser e estar na medida certa, como o pedaço perfeito do chocolate: nem muito pequeno para não passar muita vontade e nem muito grande para não enjoar. O chocolate que derrete na boca revela aos poucos todo o seu conteúdo, estimulando nossas papilas gustativas com seu sabor e aroma únicos, nos fazendo viajar em devaneios por um breve momento de pura felicidade! E, no final, sempre com aquele gostinho de quero mais...

Acertaremos na medida? O tempo vai dizer!
Como uma eterna buscadora, quem sabe um dia...

Até a próxima semana!

P.S. Depois de toda essa metáfora, a vontade é literal! Alguém tem um chocolatinho? Ou terei que esperar até a Pascoa? ;-)

texto enviado por Joy

sexta-feira, abril 07, 2006

Divulgue Cafeína

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Quem aprovou e divulga o Cafeína:






Mais sobre "QG"

Cafeína é um blog secreto criado pelo Q.G., coordenado atualmente pelo Sr. Simon Diz.

Muito pouco se conhece sobre este senhor. Somente que, certo dia, teve a idéia de reunir 7 mentes brilhantes e criar um blog opinativo. E só.

Quem são essas pessoas? Ninguém sabe. Os textos são recebidos pelo Q.G. e distribuidos por dia. Dizem, o Sr. Simon os conhece. Mas provar, provar mesmo... Ninguém conseguiu.

Literatura

Rato de Biblioteca
Site sobre Literatura Universal. Com dicas de livros, lista completa de sebos e lojas virtuais.


Literatura Brasileira
Site completo de Literatura Brasileira, assinado por Sergius Gonzaga


Literatura On Line
Dicas de cursos, matérias e livros.

Blogs que Lemos

Rita Apoena
http://ritaapoena.zip.net/


Garotas que Dizem Ni
http://www.garotasquedizemni.com/

Pout Porri
http://www.thiagofonseca.net/blog/

Escolha Seu Sonho
http://www.escolhaseusonho.blogspot.com/



http://ifdcom.blogspot.com/

No IFDBlog são publicados matérias, artigos, conceitos, teorias e podcasts, que são encontrados pela net envolvendo as áreas de Publicidade, Design e Marketing .

Catatau
http://catatau.blogsome.com/
Excelente blog sobre política e cotidiano.

Cronista Urbano

http://cronistaurbano2.blog.terra.com.br/