sexta-feira, abril 21, 2006

Brasil, mostra a sua programação!

Como uma mulher elegante, fina e educada, gostaria de começar a minha coluna do Cafeína parabenizando todos os meu queridos colegas que também escrevem para este site magnífico. Tenho apreciado todos os textos.

Outra coisinha, na semana passada prometi fazer uma apresentação sobre minha pessoa nesta edição, mas pensei melhor e mudei de idéia. Não estou a fim de escrever sobre isso agora. Quem sabe na semana que vem. (Aprendi desde cedo que toda pessoa chique tem de ser geniosa).

Bom, na coluna de hoje nada mais quero do que sugirir uma reflexão. O bom é que você já vai ter o que pensar na estrada, enquanto se dirige para a sua casinha no pé da serra. É bom de vez em quando colocar o cérebro pra malhar.

A minha proposta é simples. Gostaria que vocês pensassem em programas da televisão brasileira, de bom gosto, é claro, que tenham sido originalmente criados, desenvolvidos, gravados, concebidos, lapidados, apresentados e elaborados exclusivamente no Brasil. Pensem e postem, plis. Pois tudo a que assisto na programação daqui tem uma dedada bem grande, uma verdadeira atolada, de produtos já existentes lá fora.

Pelo menos nos últimos dez anos, todas as “grandes novidades” que têm sido lançadas na mídia por aqui são vendidas para os idiotas dos telespectadores como idéias originais, inovadoras ou como grandes sacadas. Nós, os

trouxas, compramos direitinho e batemos palma para os Big Brotheres, Shows do Milhão e No Limites da vida.

Estou falando tudo isso por causa do último barulhinho que a imprensa fez com o lançamento do programa Ídolos, do SBT. É legal. O programa em geral é legal, é bacana. Mas cadê a criatividade de produtores, redatores e diretores brasileiros? Será que em nosso país não há profissionais capacitados para colocar no ar um produto de entretenimento 100% made in Brazil?

Para quem não sabe, o Ídolos é uma versão (um pouco tosca) de um programa dos Estados Unidos chamado de American Idol. Só um parêntese: até a Rede Globo bebeu dessa mesma fonte norte-americana quando colocou no ar o “Fama”. É claro que o modelo dos nossos programas de calouros não precisa ser o do ultrapassadíssimo programa Raul Gil (pelamores, né?), mas também não deve sugar a personalidade de um outro para feito para babões americanos. Imagination, Brazil, imagination!!!

Enviado por Danuzah Coelho