terça-feira, maio 23, 2006

SIMON EM FRAGMENTOS: DE VOLTA DO CAOS!

* Alguns pedidos...

Primeiramente, gostaria de fazer um pedido de desculpas ao coordenador de nossa querida organização – batizada simpaticamente de A Nata – por não ter conseguido enviar minha dose de cafeína das últimas semanas. É um desastre ter que depender de ferramentas autoritárias como a Internet para poder se afirmar enquanto sujeito que gosta de pensar um pouquinho... Enfim, problemas cibernéticos solucionados, fica aqui o registro de desculpas não apenas ao estimado coordenador, como também aos leitores por ter sumido por tanto tempo!

* E este é o mês delas... outra vez!

E mais uma vez o mês de maio está entre nós não apenas para que o cursor do tempo prossiga com a sua tarefa, como também para celebrar o mês das moçoilas de branco que vão para uma instituição religiosa (ou afins) para consagrar o “SIM” e acreditar que a vida vai se transformar num belo conto de fadas pós-moderno (existe coisa mais absurdamente irreal do que a velha expressão “E serão felizes para sempre”?!). Outro dia, estava eu caminhando pelas avenidas desta cidade frenética que vive a 200 km / h quando me deparei em frente a uma banca de jornal vislumbrando uma quantidade gigantesca de revistas de noivas, de casamentos, de como ter o bolo mais mirabolante e perfeito, enfim, de como ter a cerimônia de matrimônio mais bem-produzida... Pergunto-me quanto realmente vale ter que sonhar acordado para a realização de uma noite... Enfim, coisas de gente convencional. Como o autor destas linhas (assumidamente amargas) foge do padrão tradicional, a observação cabe!

* E mais uma vez este é o mês delas... mais uma vez!

E as lojas de departamentos andaram em polvorosa novamente! Sim, porque este é o mês das mães. No segundo domingo do mês de maio, comemorou-se mais uma vez o famigerado “Dia das Mães” e, neste exato momento em que você deve estar lendo estas linhas de café sem açúcar e sem adoçante, pessoas devem estar pensando em qual agrado vocês atribuíram a mais amada de todas as mulheres. Sinceramente, acho esse negócio uma tremenda besteira! Não porque acredito que o dia dedicado às nossas mães deveria ser todo dia, mas porque muitos possuem a ilusão de que o amor deveria ser medido em presentes. Como há muito tempo eu fiz que nem uma personagem de um filme de Júlio Bressane, matei (simbolicamente) a família e resolvi ir ao cinema de meus sonhos mais íntegros e mais selvagens, acho qualquer tipo de reunião familiar uma coisa forçada e nada autêntica onde muitos se juntam para fofocar confidências da vida alheia ou posar para retratos de família com aquela cara de falsidade que todos nós conhecemos...

Acho que, hoje em dia, eu estou mais do que nunca de acordo com o pensamento do eterno beatle John Lennon em um de seus clássicos mais perenes, Mother: “Mother, you had me / But I never had you”... Ou talvez eu esteja de acordo com um personagem principal de Manhattan, de Woody Allen (que não passa de um escancarado alter-ego do próprio diretor!), que dizia que foi difícil sobreviver ao poder de uma mãe, quanto mais ao poder de duas! Talvez isso soe para vocês como um trauma daqueles que possuem mães judias, ou daqueles que possuem mães italianas, ou daqueles que possuem mães portuguesas, ou daqueles que possuem mães neuróticas, ou daqueles que possuem um pouco das loucuras de todas essas juntas!

* E o caos imperou no mês de maio!

Uma semana após a barbárie promovida nas ruas de São Paulo, encontrei um pouquinho de lucidez para relatar o que eu vivi neste empório de medo que Marcola e o PCC fizeram de nós. Fiquei dias em casa acuado, morto de medo e impressionado não apenas com a inteligência do crime organizado (que consegue ser mil vezes maior do que a massa cerebral do Lula), mas com o sensacionalismo que se via nas telas da TV! Mas o pior de tudo era ver a cara do Cláudio Lembo, governador de São Paulo. Alguém poderia me dizer quem foi que inventou aquilo?! Ainda bem que ele confessou aos jornais que ele está rezando para que os sete meses restantes do governo se findem logo! E nós também estamos na torcida!

* E ela está de cara nova!

O visual novo da Folha de São Paulo está uma beleza! Deu até prazer em voltar a ler jornais impressos...

* Mother Mary, help me!

Acho que o me resta é recorrer mais uma vez a Let it be (a canção e depois o disco, que é do cacete!) e pedir que Mother Mary nos mande uma dose de words of wisdom para que ainda tenhamos de ter chances e respostas para resistir neste mundo de hipocrisia e meias verdades chamado sociedade! E também aproveitarei para pedir a vontade de prometer cafés mais adocicados e suaves...

Enviado por Mr. Simon
(welcome back!)