Discursos... Cada um tem o seu. Acredita piamente nele. Defende-o com unhas e dentes...
E tudo isso... Pra quê?
Cada discurso é uma arma do medo ou melhor, uma armadura dele. E quando ela não basta, tem um escudo ao lado para ajudar. O pastor com a sua bíblia, o político e suas leis, o jornalista e seu microfone...
O que é o pastor sem o seu livro? Um homem, como outro qualquer. Um homem com todas as suas qualidades e defeitos, mas um homem. Mas a roupa empolada, o palavreado político, o discurso para a massa, são proteções para que ele sinta força, perca o medo, e esqueça quem é: simplesmente um ser humano com medo. Medo de morrer. Mas lá na frente não, ele é mais que isso... É um super homem, com sua capa, seu discurso, palavras fortes e um Deus por detrás.
O político? Este tem como nobre missão representar milhares, quiçá milhões. Seu discurso é empolado, o palavreado motivador, o discurso para a massa... Lembra o pastor, não é mesmo? Mas este, após as eleições, se justifica com outras leis. Mas também é um super homem. Com sua capa, seu discursos, palavras fortes e a Lei por detrás.
O jornalista segue com sua roupa rota, seu carro roto, e vai para a sua redação, seu trabalho. Porém, é o dono da comunicação. É dele, ou supostamente dele, a responsabilidade do informar, do saber. Vai, Clark Kent! Das suas mãos saem todas as informações e por isso adquire super poderes. Sente-se e auto-denomina-se "quarto poder". Quarto Poder! Manda e desmanda, dá ordens, tem até o poder de publicar o que quiser, quando quiser. Mas por detrás... Tem quem realmente comanda. A elite.
No discurso, certezas. Tanto esforço para lutar e não mostrar o que realmente é!