quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Sem pão

Hoje há um vazio aqui.

Quanta gente ao meu redor! E ainda me sinto num vilarejo... Numa casa distante, de palha, num quarto sozinha.

Era para me sentir mal, não era? Era para me sentir sozinha. Mas não me sinto assim.

Sinto uma brisa pela janela. Histórias, amores passam pela minha cabeça.

Como anda Joana, minha melhor amiga de infância? Como era feliz... E sabia! Andávamos de braço dado pelo bairro, e a tristeza me abatia. Sabia que não seria para sempre.

Quantas pessoas passaram pela minha vida. Agora, só, me sinto mais cheia. Irônico. Quantas festas, encontros, viagens... Nada me completou tanto quanto estar comigo mesma.

Quanto medo havia em minh´alma. Como agir, como ser, como conquistar alguém para não estar sozinha.

(...)

E sozinha, hoje, estou tão bem!

Se alguém está ao meu lado, é porque está sozinho também. Cuidando de si mesmo, só querendo compartilhar por alguns momentos... Dar carinho e receber...

Se amigo, trocar palavras, risadas. Se colega, alguma consideração. E quando um amor... Amar. E ser amado.

Senão... Não vale a pena!

Enviado por Celma Dias.