Sentada em minha cama, bebericando meu leite com café, olhava da janela a
paisagem lá fora. Não que estivesse prestando atenção no que acontecia, estava
imersa em mim mesma, analisando meu caos interior, aquela bagunça que se formava.
Dentro de 12 meses estaria formada, assim teria que decidir o rumo certo a seguir e deixar aquela velha criança em 2013.
A perspectiva de futuro é realmente assustadora. Vem acompanhado com o
medo de tomar as decisões erradas, medo das consequências e medo do arrependimento.
O que parece certo hoje pode não ser amanhã.
Sinto saudades de ser criança, sinto falta de não ter preocupações. Mas
o tempo passa rápido, e pode nos lograr. A vida vai passando até que chega
aquele momento que inúmeras questões vêm à tona. Quem você quer ser? O que quer
fazer? E onde quer estar?
Tomar decisões é sempre difícil, vai bater insegurança, e pode trazer riscos.
Ao fazer uma escolha, você estará deixando uma opção para trás, estará
rejeitando outros caminhos, outros atalhos.
Remoendo sobre isso cheguei à conclusão de que sempre vai haver algo novo,
um novo futuro, novas pessoas, novas decisões a serem tomadas, e como uma boa
libriana esses assuntos sempre irão me deixar atormentada. Pois não consigo
decidir nada sobre pressão. A “simples” decisão de quem eu vou ser depois da faculdade,
se tornou um momento de fragilidade, e tormento, mas tudo é questão de conhecer
seu próprio eu. Espero que algum dia consiga enxergar o que é melhor pra mim. E
sei também que o tempo que passo pensando sobre isso, é um minuto desperdiçado,
a vida está me oferecendo coisas novas, novas amizades, novas oportunidades e
novas escolhas. Mas é dessa forma que nos encontramos, e podemos ter alguma
certeza de que estamos no caminho certo, que a caminhada não acabou. E que o
universo tem muito a nos oferecer.