Dois amores, um oceano e a solidão

Lesbianismo, amor, solidão, contos

Qual é o sentido da vida?

BOA NOITE CAFEINADOS!

Qual é o sentido da vida? 

- Thea

               Essa é pergunta mais complexa que se pode ser feita. Na minha opnião, essa é a pergunta mestra, a pergunta que é o resultado da "decomposição" de qualquer outra pergunta. Por exemplo, Pedro foi comprar pão. Por que? Porque ele estava com fome. Por que ele estava com fome? Porque ele precisa comer para obter energia. Por que? Porque se Pedro ficar sem energia, ele morre. Porque Pedro não quer morrer? Qual o sentido da vida de Pedro?  Ao contrario, podemos partir da pergunta principal e tentar gerar novas perguntas a partir dela. Penso que a resposta para o sentido da vida pode ser encontrada transformando-a em perguntas menores e menores até que sejam encontradas perguntas que podem ser respondidas com certeza. Mas o que pode ser respondido com certeza? Viu? Quando achamos que finalmente encontramos uma resposta concreta, descobrimos mais uma pergunta que precisa ser respondida. O que pode ser respondido com certeza?

              Pensando de uma outra forma, ainda levando em consideração que o sentido da vida é a pergunta mestra, posso dizer que o sentido da vida seja descobrir o sentido da vida. E já que o sentido da vida é a compilação das respostas de todas as perguntas, o sentido da vida é descobrir todas as respostas. Mas quem seria capaz de descobrir isso? Não é do dia para o outro, ainda mais nos dias de hoje. O fato é que a sociedade e a religião já deram um sentido para nossas vidas, por isso paramos de procurá-lo, paramos de pensar no assunto. Mas se o sentido da vida é realmente procurar sua resposta, isso quer dizer que se realmente a encontrarmos, nossa vida deixaria de fazer sentido?

TEXTO: ERIC HENRIQUE

UM CAFÉ COM MR. SIMON - 27/07/2013

Mr. Simon ressurge e Afirma:

“O Brasil vive freneticamente a Sociedade do Espetáculo Religiosa!”

Um velhinho simpático... e nada mais do que isto!

Enviado por Mr. Simon em 27/07/2013

        Depois de anos sem me pronunciar neste blog, resolvi pedir para aquele menino simpático, o Vinil – que adora fazer, escrever e ler mil coisas ao mesmo tempo (além do rapaz ser de Aquário e Professor, ele é hiperativo, tadinho...) – postar estas indagações de velho mal-humorado no Cafeína.

...

          Gente bonita, de pouca idade, bem-informada e com smart phones na mão, O Velho Simon aqui pergunta: o que está acontecendo com o Brasil, hein? Que histeria coletiva é esta em torno do Sr. Jorge Bergoglio, mas conhecido entre nós como Papa Francisco? O senhorzinho até que é simpático, mas representa uma instituição que é mais arcaica do que eu... Sim, as velhas ideologias ultrapassadas da Igreja Católica, de que pessoas do mesmo sexo não podem ter os mesmos direitos civis do que os casais heterossexuais, de que o aborto e o sexo com camisinha é contra as leis de Deus, de que casais gays não poderiam criar crianças “saudáveis” e todo esse blá blá blá. Depois de um Pontífice tão antipático e arregão como Joseph Ratzinger, Jorge Bergoglio é a figura perfeita (muitos olham para ele e dizem: “ownnnnnn”) de uma instituição que necessita de mais adoradores. Enquanto isso, mais histeria nas ruas, nas redes sociais e na TV aberta...

          O frenesi que a mídia brasileira criou em torno da figura e dos acontecimentos virou um espetáculo maior do que deveria ser. Já imagino a voz insossa da Patrícia Poeta dizendo: “O papa hoje acordou cedo. O papa rezou uma missa. O papa beijou uma criança durante o passeio de papamóvel.”... Meu Deus, e onde está o serviço que a mídia deveria nos prestar? Será que desde a chegada do Papa no Brasil, nada mais tem acontecido por aqui, Senhor? Cadê o questionamento dos gastos com a vinda de Francisco ao Brasil? Onde está um debate sobre os pilares que a Igreja defende? A imprensa brasileira, infelizmente, está perdendo uma rara oportunidade de se mostrar inteligente.

...

          Pausa para o café: enquanto as hordas adoradoras de Francisco varrem as ruas do Rio de Janeiro, foi noticiado o superfatumento em torno das obras do metrô de São Paulo (tão precário quanto o do Rio) foi de PELO MENOS R$ 425 milhões! Mas o Sr. Jorge Bergoglio não é a favor da erradicação e da desigualdade?

Santa humildade...

...

          Jorge Bergoglio não pode ser tão orgulhoso de seu passado. As más línguas dizem que ele foi um apoiador da ditadura em sua Argentina natal. Enquanto foi Cardeal de Buenos Aires, viveu às turras com os Kirchner. A gota d’água foi quando Cristina Kirchner aprovou a lei do Casamento Gay em 2010, para desespero dos conservadores de plantão. Bergoglio, o papa humilde, que tinha encabeçado uma marcha contra a união igualitária, tornou pública a sua fúria em relação ao governo argentino. Cristina, em contrapartida, deixou bem claro que a Igreja deveria cuidar de seus problemas enquanto a Presidente deveria cuidar dos problemas da Argentina.

Bergoglio e Cristina Kirchner - uma relação tensa

          A Igreja Católica, por muito menos, possui um passado marcado por totalitarismo pleno, guerras, execuções, enriquecimento ilícito e outros pecados que não dá para enumerar aqui. A impressão que tenho é de que enquanto os jovens envolvidos com a Jornada Mundial da Juventude não possuem a dimensão de quantos morreram e morrem em nome de uma instituição retrógada e decadente. Pior: postam fotos nas redes sociais como se tivessem testemunhado um milagre divino, cantam e batucam em níveis ensurdecedores (a JMJ fez uma versão do “Show das Poderosas” para o evento). Sinceramente... Isto deveria ser pecado! Afinal, os meus ouvidos nunca foram penicos!

          O que acho mais preocupante é que muitos dos adoradores de Francisco acabam cometendo os mesmos erros clássicos da Igreja Católica. Censuram agressivamente aqueles que não se entusiasmam com a JMJ ou com o próprio Papa, mesmo sabendo que milhões de reais do dinheiro público foram gastos de forma ineficiente no evento. O nome disto? INTOLERÂNCIA RELIGIOSA! Apesar de Francisco ser considerado Chefe de Estado, a Igreja poderia muito bem custear a segurança deste velhinho simpático enquanto ele abençoa os fieis e beija as crianças nas ruas do Rio de Janeiro (Evita Perón tinha os mesmos truques populistas, interessante!).

          Enquanto isso, a Sociedade do Espetáculo e a Igreja Católica lucram horrores com a visita do Sumo Pontífice. Com o dinheiro de liberais, conservadores, ateus e peregrinos. 

Escritos de Indecisão.

Sentada em minha cama, bebericando meu leite com café, olhava da janela a paisagem lá fora. Não que estivesse prestando atenção no que acontecia, estava imersa em mim mesma, analisando meu caos interior, aquela bagunça que se formava. Dentro de 12 meses estaria formada, assim teria que decidir o rumo certo a seguir e deixar aquela velha criança em 2013.

A perspectiva de futuro é realmente assustadora. Vem acompanhado com o medo de tomar as decisões erradas, medo das consequências e medo do arrependimento. O que parece certo hoje pode não ser amanhã.

Sinto saudades de ser criança, sinto falta de não ter preocupações. Mas o tempo passa rápido, e pode nos lograr. A vida vai passando até que chega aquele momento que inúmeras questões vêm à tona. Quem você quer ser? O que quer fazer? E onde quer estar?

Tomar decisões é sempre difícil, vai bater insegurança, e pode trazer riscos. Ao fazer uma escolha, você estará deixando uma opção para trás, estará rejeitando outros caminhos, outros atalhos.

Remoendo sobre isso cheguei à conclusão de que sempre vai haver algo novo, um novo futuro, novas pessoas, novas decisões a serem tomadas, e como uma boa libriana esses assuntos sempre irão me deixar atormentada. Pois não consigo decidir nada sobre pressão. A “simples” decisão de quem eu vou ser depois da faculdade, se tornou um momento de fragilidade, e tormento, mas tudo é questão de conhecer seu próprio eu. Espero que algum dia consiga enxergar o que é melhor pra mim. E sei também que o tempo que passo pensando sobre isso, é um minuto desperdiçado, a vida está me oferecendo coisas novas, novas amizades, novas oportunidades e novas escolhas. Mas é dessa forma que nos encontramos, e podemos ter alguma certeza de que estamos no caminho certo, que a caminhada não acabou. E que o universo tem muito a nos oferecer.

Mundo de sombras

O ser humano é tão múltiplo, tão multifacetado... Porque nos limitamos a caricaturas superficiais? Porque vivemos de verdade as escuras?

Ouço alguns discursos inflamados nas esquinas. Ciclano é isso, beltrano é aquilo... E você, seu merda, quem é você? Outra mentira ambulante?

Bando de zumbis ambulantes... Prontos a acabar com a vida. A viver se rastejando.

Sub-humanos de merda. Um dia os humanos de verdade ganham.

Merda.

Anônimo

(semana que vem, DiCastro)

Words

Dois amores, um oceano, e a solidão.

Depressão S.A.

"Desculpe, moça. Eu tenho medo. Só converso com você, sabe. Eu tenho medo de cair de depressão (sic) de novo..."

Ouvi essa frase de uma jovem, bonita, com 18 anos. Ela é atendente em uma lanchonete mas não sabe muito bem qual carreira seguir.

Enquanto leio os jornais e tomo o meu café ela vem sorrateiramente ao meu lado e sorri. "Uma média, né?". Eu aceno a cabeça. E ela traz.

"Gosto tanto de você". Eu também gosto dela. Naqueles momentos silênciosos da manhã seu rosto juvenil é um deleite.
Sexta-feira sua avó morreu. Encostou ao meu lado, desabafou. Chorou. E disse que não confiava em ninguém no mundo, tinha muitos amigos mas ninguém, e que eu, justo eu, era a única pessoa ali digna de confiança.

"Eu não quero mais entrar em depressão!". Com 18 anos? Tentei compreender. "Linda, pode ser o momento. Ninguém confia em ninguém, vivemos fechados, mal olhamos para o lado, estamos nos afastando um dos outros." . Meneou a cabeça. "Eu não confio em ninguém."

Hoje possuímos uma facilidade de comunicação fantásticas, meios de transporte, TV, internet, o caralho a quatro. Mas nos enfiamos tanto no virtual que esquecemos do pessoal. Esbarramos nas pessoas e não vemos. Não existe bom dia. Sobra desconfiança. Pululam depressões.

Vivemos mais e nem por isso apreciamos a vida. Estamos sempre apressados, correndo, postando, cumprindo prazos, trabalhando muito, ganhando pouco...

Que vida é essa que impomos a nós mesmos?

Sinceramente

JJ

Cafeína, um recomeço.

Sete pessoas, que não se conhecem, postando a cada dia da semana um assunto diferente.

Vale tudo.

Entre os posts, café... O que nos move todo dia.

Espero que gostem do nosso Universo Cafeína.

J.J.

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